sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

(im)próprio

pensar chega a doer demais
e quanto mais eu me aproximo de mim
menos distante eu estou do instante
que de tão real só quer fugir

de mim e por mim talvez o faça
e renasça em outra forma no amanhecer
quando minha alma tocar o fogo sem queimar
e a tua tocar a minha sem querer

3 comentários:

Paulo Henrique Passos disse...

Percebi nos versos - e isso não é uma análise nem um pouco criteirosa - mas simplesmente vi que há um constante jogo de idéias opostas: pensamento/realidade, fogo sem queinar, aproximação/fuga.

E foi esta última oposição que mais me chamou atenção. Como se o pensamento, mesmo se tornando cada vez mais resoluto e nos aproximando, portanto, do que queremos fazer, mesmo assim ele estará cada vez mais longe do real se não o concretizarmos. É isso.

Hermes disse...

Acabou de súbito, não entendi bem, para varear. Mas a parte de pensar é interessante, pensar dói. Aí pode-se botar várias situações, as que me vem a memória são: alguma mágoa, ou simplesmente uma problematização filosófica de que o homem que não tem necessidade de espírito seja feliz, tolice. kkk mas acho que viajei de mais.A última estrofe nos obriga a retomar o caso do amor, e quebrando todos os meus pensamentos. u_u Por isso me perdi.

CA Ribeiro Neto disse...

Tbm tou com o Hermes em não entender bem tuas poesias, mas vejo uma relação imprópria, vejo uma oposição não citada, que parece ter uma intriga razão x emoção, onde, aparentemente, o emoção tá levando vantagem.

ou pode não ter nada haver, não entendi mesmo...