quinta-feira, 15 de outubro de 2009

à décima vista

através de um rosto sedento por outro
me perco em traduções de curvas perfeitas
e só quero me achar no reflexo do olhar
pois ali retorno a mim por dentro dela

uma bela sequela de uma ocasião
me leva embora para sempre mais voltar
vendo em luzes artificiais de uma metrópole
somente duas verdadeiras que as admiram

transbordam em uma vida e no universo
mas cabem em um instante bem menor
que se faz eterno por nunca ser presente
e por ter ido embora somente pra onde estou

3 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

masnh, tu escreve bem, mas eu fico meio perdido com tanta falta de objetivo. Sinto falta de substântivos concretos em seu poemas.
A primeira estrofe nem tanto, dá pra compreender facilmente, mas as outras, principalmente a terceira, é bem aérea.

Gostei muito do "uma bela sequela de uma ocasião/me leva embora para sempre mais voltar"

Esse lance de colocar o "sempre" no lugar onde geralmente colocamos o "nunca" foi muito massa.


Acho que nunca vi um comentário teu a um post meu tão empolgado e tão demonstrado que gostaste! Valeu!

Hermes disse...

Me perdi, mas deu para entender um pouco da inspiração. Ao menos a parte da procura. Um dia eu chego lá.

Mehazael disse...

Cara, a primeira vez que eu li eu não gostei. A segunda eu gostei muito. E aí eu parei de ler pra não estragar a impressão. hauehauheehea
Sério, acho que consegui começar a entender, e to gostando. Quem sabe com um pouco mais de dedicação eu não chego lá?
Acho tão difícil fazer interpretação de poesia, que pra mim é o gênero mais pessoal de todos; cada vai ter sua leitura única. Que, acho, é justamente o que faz da poesia tão bela.
Agora vou parando por aqui pra não ficar tagarelando em cima de bobagens :P
Abração!