a pele morna sente cada fio de vento
a fraqueza permite certo deslocamento
só assim o corpo dança ao ritmo da vida
e no seu pior estado encontra a glória
de que tanto falam os poetas sadios
sem compromisso de recuperação
deixa-se voar a mercê da existência
nômade arrastado pela brisa do acaso
sem maiores ou nenhuma reflexão
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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4 comentários:
Cara, acho que descobri o motivo de eu não entender muito tuas poesias.
Cada verso começa e termina uma idéia que até tem sentido ideológico uma com as outras, mas não tem ligação ortográfica entre elas. Tipo, se passássemos tua poesia para a prosa, cada verso seria uma frase inteira.
Além do que, são frases bastante subjetivas.
eu entendi! :D
pelo menos acho que entendi. mas como disse no post no blog do Hermes poesia é sentimento. é aquilo que vc sente quando a lê. De fato as poesias do Thiago necessitam de algum despendio de atenção, mas são deveras instigantes. Gostei muito dessa. Se abandonar, não se recuperar pode ser a melhor coisa a fazer algumas vezes. Buena, mui buena!
Loucura, doença, apatia, tudo isso foi o que senti que tem na poesia, e também uma certa ingratidão ou falta de reconhecimento ao artista que, só quando morre, só quando está no seu pior estado, é que o veem.
Concordo com o Carlete!
Cada verso da tua poesia é muita coisa, e os versos se ligam muito abstratamente...
só o filet!
"nômade arrastado pela brisa do acaso"
adorei esse verso
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