quinta-feira, 16 de julho de 2009

os poetas sadios

a pele morna sente cada fio de vento
a fraqueza permite certo deslocamento
só assim o corpo dança ao ritmo da vida
e no seu pior estado encontra a glória

de que tanto falam os poetas sadios

sem compromisso de recuperação
deixa-se voar a mercê da existência
nômade arrastado pela brisa do acaso
sem maiores ou nenhuma reflexão

4 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Cara, acho que descobri o motivo de eu não entender muito tuas poesias.

Cada verso começa e termina uma idéia que até tem sentido ideológico uma com as outras, mas não tem ligação ortográfica entre elas. Tipo, se passássemos tua poesia para a prosa, cada verso seria uma frase inteira.

Além do que, são frases bastante subjetivas.

A moça da flor disse...

eu entendi! :D
pelo menos acho que entendi. mas como disse no post no blog do Hermes poesia é sentimento. é aquilo que vc sente quando a lê. De fato as poesias do Thiago necessitam de algum despendio de atenção, mas são deveras instigantes. Gostei muito dessa. Se abandonar, não se recuperar pode ser a melhor coisa a fazer algumas vezes. Buena, mui buena!

Paulo Henrique Passos disse...

Loucura, doença, apatia, tudo isso foi o que senti que tem na poesia, e também uma certa ingratidão ou falta de reconhecimento ao artista que, só quando morre, só quando está no seu pior estado, é que o veem.

Pedro Gurgel disse...

Concordo com o Carlete!

Cada verso da tua poesia é muita coisa, e os versos se ligam muito abstratamente...

só o filet!

"nômade arrastado pela brisa do acaso"

adorei esse verso