quinta-feira, 1 de abril de 2010

cidade estranha

um amor nunca foi tão parte
desta vida e seu grande preço
ativa e cativa como toda arte
a favor do mundo e seu tropeço

a indiferença pode até servir
pra se manter sem ameaças
mas o acaso poderá pedir
uma decisão que lhe dê asas

em meio à guerra há um oasis
de liberdade em outra pessoa
pois a vida tem suas fases
até pra quem só vive à toa

a casa deles estava longe
mas ali encontraram um lar
pois sentimento não vê onde
só vê quando pode se dar

2 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Cara, estranhamente quando tu faz uma poesia massa, o povo comenta pouco... hehehehe

Essa tem linha de raciocínio e até toda uma conotação diferente do que normalmente se encontra em teus textos.

Só não gosto muito da ideia do acaso. Acho que as pessoas precisam sempre de sentirem aptas antes, senão, o acaso passará despercebido.
Quantos acasos não foram percebidos e, por isso, desperdiçados?

abraço

Paulo Henrique Passos disse...

Muito massa!!
Percebi na primeira estrofe aquela coisa da contradição do amor - e muito massa tu tê-lo comparado à arte: ele é "a favor do mundo e seu tropeço", como se ao mesmo tempo que é o nos faz seguir é também o que nos faz cair.

Eostei muito das duas últimas estrofes.

E sobre tua pergunta lá no comentário, o texto não é sobre alguém real, digo, aquela "garotinha" não existe - até porque não tenho irmã. Mas o sentimento é real.