quinta-feira, 16 de outubro de 2008

o diabo é feio e mentiroso

lá se vai ela fugindo do meu abraço
só assim faço carreira e não me atraso
tanjo o boi um pouco mais e abro espaço
pra receber o que vier do meu acaso

manhã na cerca, novamente espio ela
esqueço o leite já fervendo na panela
mastigo um mato e me escoro na janela
e nem reparo que carregam minha chinela

seu pretendente vem chegando da cidade
o diabo é feio e ainda mente a própria idade
diz pra ela que seu amor é de verdade
traz na caixinha uma bela raridade

não tenho nada nem pra ela e nem pra mim
só dois pães que comprei no botequim
pelo jeito que se engraçam, disse "sim"
vou descalço pro barraco, cuspo o mato, e fim

4 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Filé demais, a poesia! ehreuhruehruehueh

seria bom tu tentar essas poesias assim, em estrofes de 7 versos (ababccb).

Vah lah!

Hermes disse...

Drogas, hauhauah.
Vou ter que ler novamente para ver se entendo nada...
É. Acho que entendi 10% do que ta escrito.

CA Ribeiro Neto disse...

Hermes, essa tá é fácil, ele já escreveu coisa mais complicada... herhuehruere

Brígida disse...

supimpa as rimas ;)