sábado, 30 de junho de 2007

o relógio

dançante, sempre amante, vai levando minha alma longe
ao som mais belo das cordas vocais eu espero
calmante, agonia sufocada pela harmonia da mágica flor
delirantes, meus pés tocam a nuvem que Lhe serve de repouso
novo, inédito luar, nunca mais e pra sempre terei
de noite a vida chora e renega o prazer de estar em qualquer lugar
só há o som e eu voando imerso no vazio cheio de luz
meu corpo é mente, e a mente evapora na vibração daquela nota
daquela nota que ninguém ousa tocar
rápida viagem ao eterno azul do nada estelar
espaço por demais lotado de mim e dele mesmo
o relógio marca a hora do libertar

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