poda a sobra de tempo da vida
para caber a beleza escondida
em sete palmos de terra batida
que qualquer um pode cavar
enquanto a lágrima de sua querida
se orgulha por não ser escorrida
mesmo estando sempre munida
de tantos bens que não soube amar
depois de anos de graça falida
deparou-se com a riqueza perdida
ao passo da última dor sentida
que não fez questão de acalentar
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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4 comentários:
O que quis dizer com "poda" a sobra de tempo de vida? Por mim, é como alguém que se sente desvalorizado, que tem beleza interna (por isso escondida), e que desiste de mostrá-la, sepultando-a a sete palmos do chão, coisa que qualquer um podia ter feito.
Na segunda estrofe percebo algo não-correspondido, como alguém que ama e outro alguém que fica triste por não amar também, mas ainda com orgulho de ser "amado", de ser querido e desejado por alguém, não sabendo valorizar - o que arremete a primeira estrofe.
Essa pessoa tentou por muito tempo, e viu o quanto perdeu - o tempo, a maior riqueza. Isso vê-se na última e terceira estrofe, quando o eu-lírico se deixa levar pela morte, quando sabe que a dor é a última. Ele "não fez questão e acalentar" [a dor].
Foi o que entendi. '-'
Houveram versos q senti entender mais do que gostaria.
Abraços
Acho que entendi, acho... hehehe
Na minha interpretação, havia um casal, que tinham uma relação estável, mas não feliz. Então, o cara morre, e a mulher segura a lágrima para não chorar, como se fosse em revolta à vida não tão boa. O final, me deu a entender que o eu-lírico considera uma posição egoísta da mulher.
Entendi certo??????
"depois de anos de graça falida
deparou-se com a riqueza perdida"
Casal infeliz ao longo de uma vida. A esposa percebe após a morte do marido que perdeu a sua maior riqueza - o tempo.
Beijos!!
*Tentando tirar o atraso nos comentários!! hihihi!!
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