quinta-feira, 11 de junho de 2009

Série Velhos Poemas: LONGE DE MIM

o ar pesa na liberdade por aqui
e enterra meus pés no chão para eu não andar
clamando só por um instante de pura inconsciência
eu sempre volto para longe de tudo

imprevistos da noite ainda me satisfazem
dias cobertos por uma manta desigual
uma maneira facil de se curvar
quando não há vestígios de um sorriso fiel

o ar pesa em meus ombros por aqui
idéias cobertas por uma mente invisível
clamando só por um instante de puro infinito
eu sempre volto para longe de mim

4 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Liberdade é o quanto de limite que você ou alguém lhe dá.


É o bom, tu ainda se lembra daquele começo da gravação da Tainan no felasrock 3! hahai

Paulo Henrique Passos disse...

Isso que é querer fugir, hein!

Pedro Gurgel disse...

"o ar pesa em meus ombros por aqui"

e por isso sempre voltas para longe de ti?

amei essa poesia!

Hermes disse...

Companheiro de poesia, tem pouco tempo que me chamaram de louco. Uma garota me disse que eu deveria sair dessa vida de loucura. E eu fico a me perguntar que loucura é essa, ser poeta? Não há nada de louco. O poeta consegue ficar lúcido mesmo bêbado. É uma lucidez mais abrangente, por isso achei o comentário digno de se dizer em relação a sua poesia, quando se ver o universo e não só a Terra, pode-se falar que é livre. Longe de tudo.

Mudei de endereço, o blog agora é http://naquintadimensao.blogspot.com/ abraço!