quinta-feira, 4 de junho de 2009

das núvens

ela patina em areia movediça
e chove das núvens sem temer o chão
ela nem pisca quando encara o sol
e dorme na lua um dia sim e outro não

ela voa entre o inferno e a terra
e se chama pelo nome que bem entende
ela sangra mais que as minhas feridas
e acontece mais que o tempo presente

não a conheço, mas nunca a esqueço
ela não existe, mas sempre persiste
eu não a quero, mas sempre a espero
ela não vem, mas não vai mais além

2 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

masnh, eu também não a conheço, talvez por não saber mesmo de quem tu ta falando...

Hermes disse...

Eu tinha que comentar essa, acho que foi a melhor poesia que já li aqui no teu blog. Me pareceu que estava apreciando uma divindade, ou uma mulher invisível. Lembrei até do filme!