quinta-feira, 30 de abril de 2009

a nossa invasão

minha carne vale tanto quanto nossa condição
plenamente humana para o bem e para o mal
os ex-semelhantes repugnam suas origens
trata-se de vigança por tudo o que representaram
e continuam o fazendo em nós, por nós

não querem o meu poder nem a minha piedade
desejam-me como eles e possuem-me como podem

e como podem...

3 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Poisé, parece que somos obrigados a escolher um lado de qualquer jeito.

Mas também há todos os lado em todos os cantos. Há pobres que não gostam de pobres, se achando diferente, mas morando na mesma favela. E há ricos que mantém relações bem próximas com pobres, não tratando como uma relação de patrão e empregado.

Mais uma vez não tenho certeza se entendi o que tu quis dizer. Mas se o tiver, comemoremos! heurheuhruerhuehruh

Ah, talvez não seja o caso de mudar, mas em "e continuam o fazendo em nós, por nós" é para ser "... fazendo-o..."

Flw

Marcella disse...

O título me ocorreu que talvez o eu-lírico não seja necessariamente humano...

Difícil mesmo...

Hermes disse...

Eu não sei bem se entendi. A parte que me pareceu mais clara foi dos ex-semelhantes negarem suas origens. O que me parece é que quando se muda e para melhor, principalmente, é mais fácil deixar de lado e esquecer o que você era, o que você foi. Pois a lembrança do que foi é uma vergonha para o novo ser gerado. Mas acho que não entnedi mesmo! ahuaha, abraço.