quinta-feira, 7 de agosto de 2008

DIÁLOGO VI

A PALAVRA "AZAR"

recentemente, eu comprei uma câmera digital. ela grava vídeos com áudio e serve também como webcam. por isso, escolhi a dedo a câmera que eu queria: com tais funções e com um preço que não estourasse os meus bolsos!
pois bem... eis que a bendita câmera veio com uns botões defeituosos. nada que comprometa o funcionamento básico da câmera, dá para se fazer tudo com ela. porém, o cliente merece um produto novo que esteja funcionando 100%, é ou não é?
lá fui eu reclamar no dia seguinte sobre a câmera com defeito. só tinha mais uma daquele modelo na loja, que para o meu azar também estava com defeito! e ainda mais defeito do que a minha: nessa, nenhum dos botões funcionava!
eles ficaram de encomendar mais câmeras daquele modelo com urgência, e estabeleceram um prazo de no máximo cinco dias para me ligarem dizendo que eu poderia buscar a nova máquina.
cinco dias se passaram e nada... no sexto dia, eu fui na loja pela segunda vez (terceira, se contarmos com a vez que eu fui comprar). dessa vez, falei com o sub-gerente, que parecia nem saber do meu caso, mas tratou logo de providenciar a transferência do produto de uma outra loja para aquela. me garantiu que no dia seguinte a câmera nova estaria na loja, e que ele iria me ligar assim que ela chegasse - até anotou isso na agenda dele.

no dia seguinte, nada de telefonema. fui eu pela terceira ou quarta vez na loja (dependendo do referencial de contagem) reclamar sobre a minha câmera com defeito. falei novamente com o sub-gerente e ele fez um telefonema. depois de desligar, começou me explicando - como da primeira vez que falei com ele - com um "é o seguinte...". e falou que não sei quem só tinha ligado para não sei outro quem de noite, e que a loja que faria a transferência da minha câmera nova para aquela loja já tinha fechado àquela hora. depois de perceber a minha cara de indignação, concluiu com um "é foda...". mas garantiu pela segunda vez que no dia seguinte a câmera nova estaria ali por volta de uma ou duas horas da tarde.
pois bem, no dia seguinte, ou seja, hoje, por volta das duas da tarde, lá estava eu pela quarta ou quinta vez na loja - como preferirem -, para obter a bendita a minha bendita câmera nova. cadê o sub-gerente? uma funcionária da loja - cuja eu fiz a questão de pegar o nome - me informou que ele estava no médico e ela não sabia que horas ele iria chegar, se é que o maldito iria chegar... como uma aparente boa funcionária, ela anotou o número do meu pedido e avisou que se comprometeria com o meu caso. anotou também os meus telefones para me ligar assim que o produto chegasse. vou lá amanhã de novo, ela ligando ou não!
coisas desse tipo só me fazem pensar cada vez mais no azar que eu tenho para tratar desses assuntos burocráticos. faço tudo direitinho, como previsto, mas SEMPRE e especialmente no MEU caso, as coisas insistem em dar errado. será que aquele boato sobre o simples fato de dizer a palavra "azar" já traria o maldito para a vida do linguarudo é realmente verdade?
bem, enquanto isso eu vou me tornando o mais novo inquilino do shopping iguatemi.

3 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Bem, se eu tivesse no seu lugar, na segunda (ou, no caso, terceira) vez que eu fosse lá e percebesse a situação, eu já diria o seguinte: "Você já sabe que eu nunca mais vou comprar nessa loja, né? E que, aliás, se eu não receber minha câmera amanha, eu vou fazer a maior propaganda negativa sobre esse local, para ser bonzinho e não procurar o procon. Antes de tudo, vocês deveriam perceber que estão desrespeitando alguém, como se eu não tivesse nada para fazer, alem de ficar vindo aki todos os dias."

É, já me disseram que nessas horas eu mudo de personalidade, deixo de ser o cara de voz calma... hehe
Iguatemi para mim, é só um lugar para assistir filmes, e olhe lá!

Faltou umas virgulas por aí, mas tá filé!

Paulo Henrique Passos disse...

O significado, e não o significante, é que nos causa aperreio ou qualquer outra coisa. Não é o simples fato de dizer.

Pedro Gurgel disse...

Eu faria algo como o Carlinhos disse...

SEJE HÔMI RAPÁ! META-LHE O BERRO E DIGA QUE É FILHO DE CANGACEIRO!!

OURA MAIS!