quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

estranho

cabia no bolso aqueles instantes
bolso furado sem papo nem vergonha
olho calado de um lado da vida
do outro o escancaro, de fato sentido

necessariamente sofrida e mentida
deu-se a reviravolta do pobre doente
sem dente nem mente o bastante pra crer

estranho...

tudo se deu por vencido e quebrou a distância
na pele, no osso, chega a ser o mesmo
o mesmo desgosto.

Um comentário:

Pedro Gurgel disse...

Aí o poeta pergunta:

E agora José?