quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DIÁLOGO XV

CORRENDO NA ESTEIRA

Como eu já adiantei no meu poema passado, toda essa história de ano novo faz com que inevitavelmente você pense em tudo o que você fez e em tudo o que você ainda precisa e quer fazer. No meu caso, esse pensamento pro futuro esteve muito presente durante todo o ano de 2010, e agora em 2011 eu não terei mais desculpa para não por em prática. Isso porque vou me formar no meio do ano em Psicologia, e não quero seguir carreira nisso.

Vocês devem estar se perguntando porque eu fui fazer um curso com o qual eu não quero trabalhar depois, mas pra quem me conhece eu já expliquei milhões de vezes que eu não sabia que não ia querer trabalhar com Psicologia até quase o final do curso. Então, quando eu decidi isso, resolvi terminar logo, já que só faltava uns dois semestres, agora só um. Mas, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam quando eu digo isso, pra mim esses cinco anos na faculdade não foram uma perda de tempo, pois ela serviu pra minha formação como pessoa, e isso pra mim vale muito mais do que a esfera profissional.

O problema é que, além de não querer trabalhar com Psicologia, eu não tenho bagagem o suficiente pra trabalhar com as coisas que eu realmente quero - que, diga-se de passagem, são muito difíceis de conseguir -, a saber: música e/ou cinema. Eu queria muito fazer faculdade dessas duas coisas, ou pelo menos de uma delas, de preferência cinema, mas eu acho que não vou aguentar mais tempo estudando sem trabalhar, então minha prioridade agora é arrumar um emprego, ganhar dinheiro. Quem sabe eu possa até arranjar um trabalho como psicólogo em algum lugar, mas isso seria só por algum tempo, não pelo resto da vida.

Eu já cansei de ouvir as pessoas dizerem as mesmas frases de sempre: "Corra atrás daquilo que você realmente quer" e blá, blá, blá... Eu sinceramente reconheço a importância disso, e até concordo, mas isso não é tão fácil quanto parece. Às vezes, o que você quer está tão longe, que você precisa de alguma coisa pelo menos pra sobreviver, pra deixar de ser sustentado pela família, enfim, pra se sentir alguém no mundo.

Minha vida de artista vai ter que esperar um pouco, e eu não digo isso porque vou botar em "stand by" minhas idéias neste âmbito, pois isso nunca vai deixar de estar presente em minha vida. Digo isso porque às vezes a gente tem que aceitar a dura realidade e fazer as coisas no seu devido tempo, e não querer abraçar o mundo com as mãos, ser "corajoso" e viajar por aí sem um tostão no bolso atrás de alguma oportunidade na vida.

Este post só foi um desabafo e um pedido de que torçam por mim nessa nova fase da minha vida, onde me sinto disposto a fazer coisas que nunca fiz antes, e não só no âmbito profissional... Mas isso já é outra história...

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