quarta-feira, 17 de novembro de 2010

pés no chão

pés no chão dizem a verdade
que ninguém quer mais ouvir
corro e pulo pra conseguir
enganar essa gravidade

mas só é fácil até a idade
em que nada mais importa
pois só durmo e como torta
contentado com a barriga

nunca fui tão bom de briga
a batalha começa cedo
e todo dia eu tenho medo
de não cair numa paixão

como escada sem corrimão
e não pular nem correr mais
aproveitando toda paz
que nunca traz uma ilusão

4 comentários:

Marcos Paulo Souza Caetano disse...

PQP!

O Conformismo da gente tratado de uma forma... putz! É a classe média de barriga cheia! Além do sonho que ultrapassa as classes, o sonho de todo mundo... E a conformidade de esquecê-lo. E viver na ilusão de que a realidade é um sonho.

Muito bom esse poema cabeça! Carai!

Pedro Gurgel disse...

resignação total!

muito bom!!!!

abraços

CA Ribeiro Neto disse...

Rapaz, tu tá melhorando tuas poesias! Dei valor!

Só não concordo com o final, acho que paz pode, de vez em quando, trazer ilusão, sim.

Lapetit_th disse...

Nada melhor do que viver com os pés no chão!!

Para os sábios viver assim é bem mais prático.

Ah, se eu soubesse... :D