carta pálida de um qualquer ou simplesmente a sua lamentação
pelos becos alguém brilha
segurando uma vela
acesa
quem enxerga se atira
abraçando sua fera
com frieza
e tristeza
embora
embora você não suma
existem mil maneiras
embora eu só use uma
de falar asneiras
e dizer adeus
dores e cores
primeiro as cores
depois as dores
e os versos
os ossos
tudo o que tenho são olhos reumáticos
que nada querem ver além de esqueletos
projetando-se para fora de um mesmo corpo
banhados de desilusão e cólera
nem mesmo sabem do que ou o que são
ossos
aqui e agora
o aqui é tão lá
quanto o agora
a velha lambia
as ramificações
por alguém
pelos que temem eu digo sim
pelos que choram eu digo sempre
segredos têm a força própria
da autodestruição
pelos que rezam eu digo amém
pelos que amam eu me calo
por alguém
sapatos
arrastamos os pés descalços
sobre o teto
pois não há sapatos que nos levem
ao mesmo chão
vez
o gosto da ansiedade me vem à tona
pela última vez
pela última vez ele se torna amargo
e pela primeira vez eu me acostumo
pós-perfeição
eu penso na perfeição
e nas leis que ela destruiu
no quanto maiores os significados se tornaram
e na raridade atual das boas atitudes
uma bela noite não nos cerraria os olhos
um rosto feio não se manteria entre nada
e o nada se sobressairia
a história do poema sem fim
era uma vez uma poesia
que não chorava
nem sorria
era uma vez um começo
que não tinha fim
nem começo
sexta-feira, 14 de maio de 2010
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6 comentários:
Ei...deixa de ser adulto, seu cabra!!!
Encontrei trechos interessantes, mas aí foi ficando enfadonho, porque não sabia o que tava lendo! Se era um poema só, ou ramificações, só acho que você deveria explicar melhor o que tá colocando, para o leitor se situar.
Beçote, a Marcella e a Marília sairam do Blogs de Quinta e entraram nessas duas vagas elas:
Emily - http://faforifo.blogspot.com/
Esyath Barret - http://historiasdesconexas.blogspot.com/
adcione-as!
flw
Nossa...gostei bastante...
Pequenos versinhos, as rimas, a sutiliza das palavras!! Muito bom!!
Beijos!!
Mais uma vez eu comentando mais de um post.
Aquele "essa história de igualdade" ficou muito massa mesmo. Como se toda beleza escondesse uma coisa feia e, além disso, e principalmente, mostra o esquecimento que se tem dos que realmente construíram alguma coisa.
O outro, este último, eu realmente não consegui entender muita coisa.
Valeu.
Também achei muito fragmentado!
Achei versos incríveis, coisas muito massa mesmo, mas as vendo isoladamente, olhando para a poesia toda eu não entendi muito...
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