quinta-feira, 14 de maio de 2009

DIÁLOGO IX

A CIÊNCIA MODERNA DIRIA QUE A VIDA É DIVIDIDA EM PARTES (E A CONTEMPORÂNEA SOMENTE ACRESCENTARIA QUE TAIS PARTES NÃO SÃO IGUAIS)

ultimamente tenho percebido alguma coisa parecida com mudança, só que mais sutil. falo de eventos novos - os quais não vem ao caso citar - que de repente passaram a acontecer sem que houvesse muito alarde. "novos" talvez por motivos outros além da própria qualidade de novo, motivos estes como por exemplo, e principalmente, a "paz" tratada no poema passado, que pode ter me ajudado a pensar tais eventos desse modo.

com certeza os fatos em si são realmente novos, pois nunca ocorreram antes, mas é preciso observar que, durante o tempo em que essa "tranquilidade" não está presente - ou seja, quando tudo mais o está -, talvez ocorram outras coisas que são igualmente novas para mim, porém pouco percebidas como tais. isso tudo devido ao "caos" da vida cotidiana, que nos obriga a selecionar nossa atenção ao que mais precisamos fazer durante aquele determinado momento, fazendo-nos viver com menos intensidade outras coisas da vida, que somente passam.

apesar de tudo isso, ainda posso considerar uma terceira alternativa (comprometo-me a explicar melhor particularmente a quem não conseguiu discriminar as outras duas por culpa da minha incompetência em estruturar o presente texto de modo mais sucinto). talvez esta "paz", "tranquilidade", "quietude", ou seja, este momento por que estou passando na minha vida, não venha do nada. pensando assim, estou considerando que eu somente sou um sujeito passivo na minha própria existência, que vivo de acordo com o que a vida, como uma entidade superior a mim, fornece-me.

mas ao contrário disso, quero dizer que sou sempre um agente ativo na mudança de rumo ou de andamento das coisas, principalmente quando estas coisas dizem respeito especificamente a mim mesmo. talvez este momento tenha sido uma escolha, mesmo que não planejada, mas - e aqui me arrisco a ser contraditório - intencionada. peço que entendam o que quero dizer: intencionada na medida em que caminhei para isso, na medida em que não impedi que isso acontecesse, na medida em que quis que isso acontecesse, embora antes não soubesse que estava querendo.

coisas do inconsciente, quem sabe... por enquanto, prefiro dizer somente que "é a vida". na verdade, nunca vai deixar de ser, e disso todos sabem.

3 comentários:

CA Ribeiro Neto disse...

Beçote, se eu não soubesse do que você está falando e se eu não te conhecesse, eu não entenderia absolutamente nada. Acredito que os outros comentadores do seu blog entenderão muito pouco.

Mas entendo o que está passando, talvez por ter discutido antes com você! Agora, não sei se já passou por isso, mas várias vezes senti uma enorme vontade de mudar e não sabia como fazê-lo. Isso acontece frequentemente em minha vida!

Quanto ao texto, faltou objetividade!
flw

Hermes disse...

eu não consegui entender mesmo =x

Paulo Henrique Passos disse...

costumam dizer que o artista vive da inquietude, da insatisfação...