energia comprensada nos sonhos do cochilo
não explode a cabeça, pois prefere o coração
que por nada poder fazer, só bate mais fraco
no som do cavaco e ao compasso da razão
plenitude esquecida, pois na vida não há de se erguer
o chão foge do meu passo, e eu só não me esborracho
porque não tem onde cair
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Série Velhos Poemas: BÊNÇÃO
As aves tropeçam em nuvens
Os meus lábios degolam os seus
Os santos respiram pelos ouvidos
Os prédios cedem à gravidade
O Sol lança suas crias furiosas
A Lua se rende à nobreza do nada
E, do céu, escorre a extrema-unção
Com a água benta das chuvas
Os meus lábios degolam os seus
Os santos respiram pelos ouvidos
Os prédios cedem à gravidade
O Sol lança suas crias furiosas
A Lua se rende à nobreza do nada
E, do céu, escorre a extrema-unção
Com a água benta das chuvas
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
sem
uma eterna lembrança não diz muita coisa
um amor de verdade quer dizer muito menos
nada fala mais que o tropeço de cada dia
que sol após lua só tende a nunca permanecer
e desaparece antes mesmo de acontecer
não tem sentido nem razão de existir
não é poluído pelo amor humano
nem possuído pelos sentimenos mais nobres da vida
apenas não existe porque ninguém se importa
e só existe porque ninguém se importa
um amor de verdade quer dizer muito menos
nada fala mais que o tropeço de cada dia
que sol após lua só tende a nunca permanecer
e desaparece antes mesmo de acontecer
não tem sentido nem razão de existir
não é poluído pelo amor humano
nem possuído pelos sentimenos mais nobres da vida
apenas não existe porque ninguém se importa
e só existe porque ninguém se importa
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
a-e-i-o-u
esse ar que leva o meu pensar
até lá e não volta para cá
é o mesmo que me faz chamar
o teu nome até me cansar
quem vê o que tem que fazer
deve ser quem não tem prazer
pois não faz o que há de querer
e nem quer o que tanto vê
senti que não tem pra onde ir
e menti mesmo quando saí
pra vir só quando descobrir
que não tem nem mais onde cair
de uma flor faço o meu amor
e te dou pra sarar tua dor
com meu frio escondo o teu calor
que pra flor deu uma nova cor
esse dia é para eu e tu
e o sol revela algo incomum
nas curvas do teu corpo nu
e nos versos a-e-i-o-u
até lá e não volta para cá
é o mesmo que me faz chamar
o teu nome até me cansar
quem vê o que tem que fazer
deve ser quem não tem prazer
pois não faz o que há de querer
e nem quer o que tanto vê
senti que não tem pra onde ir
e menti mesmo quando saí
pra vir só quando descobrir
que não tem nem mais onde cair
de uma flor faço o meu amor
e te dou pra sarar tua dor
com meu frio escondo o teu calor
que pra flor deu uma nova cor
esse dia é para eu e tu
e o sol revela algo incomum
nas curvas do teu corpo nu
e nos versos a-e-i-o-u
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