Amarrem-nos abraçados em uma só malha
Recordando o anseio pudico de certa falha
No alcance do céu vermelho como sempre farão
Até que nos separe o sobrenatural
Calará a seca boca de todo banal
Emergindo-nos do mais profundo ato de cantar
Pelo menos que se ligue à realidade
Nem que somente por um fio de vontade
Daquele antes ímpeto da salvação
Resumidos ao mero cálice da mesa farta
Como falso amor que se revela em doce carta
Uniremos-nos ao maior em pleno ato de pairar
Aqui se havia fechado o mesmo ciclo
Que já servia de fardo para nosso filho
Sem que houvesse dúvida de seu perdão
Só nos resta repousar sobre pálida mente
Deitados sobre santos jazidos tão somente
Sem sequer possuir o livre ato de sonhar
De certa forma que apreenda as suas calmas
Julgando assim o pesar das minhas almas
Perde-se tudo o que existe até então
Apeguemo-nos a tal eterna orgia
Que nos agrega sem nem mesmo um sal de folia
E nos resguarda do simples ato de amar
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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7 comentários:
Poesia filé!
"Apeguemo-nos a tal eterna orgia"
Num nega as origens... hehe
Essa poesia antiga, quando?
as vezes tenho a impressão que poesias amadurecem em gavetas... Escreveu a quanto tempo esse aí?
admiro a destreza com a rima!
;)
Que diabo é homeostase?
mas eu também sou homem!
rs!
Homo sapiens sapiens, o homem atual, em direção ao Homo moralis.
;)
explicação desnecessária acredito...
beijo
Você mostra que a morte é mesmo surpreendente. ´´otimo texto
Acredito que você tem explorado o mistério da morte de uma forma...
O Pesar de duas almas... se propagando e talvez colocando um peso certo em uma balança de reflexão.
beijo
Por que na nossa pior maneira de ser?
Não entendi...
:/
aff... mergulhei no poema e encalhei no título.
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