sexta-feira, 14 de março de 2008

Série Velhos Poemas: VERSUS AMOR

Apesar de minha fuga, lacrada com véu de couro,
Nada se evidencia mais do que minha justa fobia
Embora siga farsante e risonho pelo mesmo caminho
Onde não se permitem maiores traduções

Caminho este, forrado por puras e belas flores
Mas um cravo sem raiz nem controle as esqueceu
No relento do vento que não via volta – para si mesmo
Nem ida debaixo das nuvens

Guardado a quantas chaves houver – não importa
Nem mesmo por engano consigo uma salvação
Enquanto os pés, desde sempre, enterrados por metais
Não tão preciosos quanto as aves do finalmente

Coração pintado a gesso pelas próprias mãos;
De outros, recebendo incessantes marteladas
Sem quebrar...

2 comentários:

Pedro Gurgel disse...

para quebrar o gesso, e descobrir a verdadeira forma do verso amar...

CA Ribeiro Neto disse...

Massa a poesia, Thiago.

E discordo do Pedro, acho que, quem martelou o coração, não queria descobrir essa verdadeira forma nao!

Faz um link dos blogs do Blog's de Quinta ae, mah