junto cada lágrima forçada e em vão
amarro cada passo perdido no chão
guardo cada olhar atordoado ou para o teto
pego o espaço em cada segundo insistente
prendo o pavor em cada piscada improvável
analiso o vazio em cada momento inútil
é assim que eu calculo o peso da solidão
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
nova forma de torpor
nenhuma tarde reconhece o seu valor
mesmo tendo um grande tema a seu dispor
um belo esforço exala todo o seu sabor
somente após o fim do dia o sol se pôr
tendo em vista quem recebe a velha dor
de esperar por um momento com outra cor
e faz a fonte de alimento pra uma flor
que esconde uma nova forma de torpor
tem alguém que poderia até supor
que o tempo abana forte esse calor
mas ninguém entende isso até se for
outra maneira de sentir o mesmo amor
mesmo tendo um grande tema a seu dispor
um belo esforço exala todo o seu sabor
somente após o fim do dia o sol se pôr
tendo em vista quem recebe a velha dor
de esperar por um momento com outra cor
e faz a fonte de alimento pra uma flor
que esconde uma nova forma de torpor
tem alguém que poderia até supor
que o tempo abana forte esse calor
mas ninguém entende isso até se for
outra maneira de sentir o mesmo amor
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
na presença do porvir
no improviso de um tema para lá de desejado
arrepio com uma dose de momento congelado
após uma briga limpa que me deixa atropelado
e antes de um estoque de lamúrias a guardar
enquanto isso me deleito na doçura da inércia
que me faz atravessar numa paciência quieta
a riqueza soberana que de sabia não é certa
até chegar num mar despreocupado de nadar
entre faltas e excessos o produto é bem maior
e se faz por não se ter em toda esquina que dá nó
contribuindo para um dia que aponte um melhor
que faltando ou sobrando sempre dá o que falar
possuo em meus segredos um que não está em mim
e por isso é justo ele que me faz ser tão assim
sonhador que toca o chão toda vez que não vê fim
até chegar num céu despreocupado de voar
arrepio com uma dose de momento congelado
após uma briga limpa que me deixa atropelado
e antes de um estoque de lamúrias a guardar
enquanto isso me deleito na doçura da inércia
que me faz atravessar numa paciência quieta
a riqueza soberana que de sabia não é certa
até chegar num mar despreocupado de nadar
entre faltas e excessos o produto é bem maior
e se faz por não se ter em toda esquina que dá nó
contribuindo para um dia que aponte um melhor
que faltando ou sobrando sempre dá o que falar
possuo em meus segredos um que não está em mim
e por isso é justo ele que me faz ser tão assim
sonhador que toca o chão toda vez que não vê fim
até chegar num céu despreocupado de voar
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
além do cinza e outras cores
eu vejo um pobre pato se iludir
e preferir a liberdade moralista
embora em sua fama de artista
também tenha se enganado por aqui
em meio ao nosso som contagiante
que uma ave de chapéu apresentou
e até com a moça-fruta ele dançou
no seu gingado de escape estonteante
o pato tinha um gesto mecânico
até que acordou desse sonho
e com um pensamento enfadonho
desabrochou quase epifânico
o que seria da saúde do patinho
se descobrisse o seu cisne interior:
resmungaria como sempre de horror
ou partiria em busca do ninho?
e preferir a liberdade moralista
embora em sua fama de artista
também tenha se enganado por aqui
em meio ao nosso som contagiante
que uma ave de chapéu apresentou
e até com a moça-fruta ele dançou
no seu gingado de escape estonteante
o pato tinha um gesto mecânico
até que acordou desse sonho
e com um pensamento enfadonho
desabrochou quase epifânico
o que seria da saúde do patinho
se descobrisse o seu cisne interior:
resmungaria como sempre de horror
ou partiria em busca do ninho?
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