Domingo, Davi, dantes dândi, dopava-se danado de doido,
domava damas dançando desajeitado
- "Dom daqueles desocupados".
Dele, despencavam dourados devaneios,
destruídos dificilmente depois da digestão
das duzentas dozes derradeiras
docemente documentadas durante dois dias.
Deitava de dor debaixo da ducha deliciosamente derramada,
dormia doente dentro de dormitórios delgados durante décadas
- defunto decadente dos domínios do demônio.
Demente, dizia: "Deus, droga de drama!"
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
memória e efeitos
quando o passado abre os olhos
de presente, dou-lhe um sentido
nunca tido por tempo algum
e quando reclama o seu lugar
não dou trégua nem beira
mas queira ou não, faz-se agora
memória e efeitos
reflexos de um dia
que nunca acabou
de presente, dou-lhe um sentido
nunca tido por tempo algum
e quando reclama o seu lugar
não dou trégua nem beira
mas queira ou não, faz-se agora
memória e efeitos
reflexos de um dia
que nunca acabou
domingo, 11 de novembro de 2007
os quadros
os quadros adimiram
seus observadores
quadrados, quase lados
opostos e dispostos
a se diferirem
seus observadores
quadrados, quase lados
opostos e dispostos
a se diferirem
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
coração sem graça
vermelho estúpido
enferruja e descasca
sem fogos nem facadas
modernamente esculpido
sobra o gracejo
do bocejo que só vejo
no desejo de um beijo
que planejo e não manejo
fraqueza dura
sem a graça pura
dada e cobiçada
pela mesma pessoa
enferruja e descasca
sem fogos nem facadas
modernamente esculpido
sobra o gracejo
do bocejo que só vejo
no desejo de um beijo
que planejo e não manejo
fraqueza dura
sem a graça pura
dada e cobiçada
pela mesma pessoa
Assinar:
Postagens (Atom)